quarta-feira, 3 de julho de 2024

DEMAIS PARA...

 A filha de Faraó respondeu: “Vá.” A moça foi e chamou a mãe do menino. Êxodo 2:8

Essa história é muito interessante. Miriã ainda era uma adolescente quando sua mãe pediu que ela cuidasse do cesto com o bebê Moisés. Uma adolescente com as dúvidas de qualquer adolescente e as incertezas de alguém que está com sua identidade em formação. E ali ela estava, atrás dos juncos, quando a filha do faraó encontrou o menino. Miriã poderia ter permanecido em seu esconderijo, mas, com o viço e a espontaneidade próprios de uma adolescente, ela se apresentou e sugeriu uma ama para o menino. Foi um momento tenso, sem dúvida, pois quem estava ali era a filha do rei! Mas a coragem da adolescente permitiu que Moisés fosse criado pela própria mãe. Miriã fez o que devia fazer, apesar da pouca idade.

O “etarismo” (preconceito de idade) é um mal do nosso tempo. A sociedade aplica rótulos sociais e, sob tal influência, fazemos ou desejamos fazer coisas em função da idade que temos. “Sou jovem demais para assumir tal compromisso”; “estou ocupado demais para me encarregar daquilo”; “sou velho demais para lutar com isso”. Essas são algumas das frases que acompanham os que são afetados pelo etarismo. Frases que limitam as pessoas, enquadrando-as em espaços rígidos e fossilizadores.

Na área espiritual acontece o mesmo. Multidões de jovens pensam que ser religiosos e coerentes é só para depois de se tornarem adultos. Mas se equivocam, pois a Bíblia está repleta de pessoas que, como Miriã, foram fiéis ainda bem jovens. Muitos anciãos evitam fazer o que devem fazer por se sentirem sem forças e velhos. Quanto estamos perdendo por esse tipo de atitude! A experiência dos anos vividos com Cristo é de um valor incalculável. Muita gente está ocupada demais com seus negócios e afazeres, esperando que chegue o momento adequado para cumprir a missão – um momento que nunca chega. E, sem dúvida, o etarismo também afeta nossa vida espiritual.

Você não acha que já é hora de deixarmos nossas desculpas de lado e enfrentar os desafios? Há muito por fazer, e necessita-se de pessoas de todas as idades. Não existe “demais” que não possa ser superado, pois, com Cristo no coração, nunca é tarde. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/demais-para/

terça-feira, 2 de julho de 2024

BATISMO DE JESUS

Quem esteve presente no batismo de Jesus, e o que ocorreu? Mc 1:9-13 

João batizou Jesus no rio Jordão. Quando Cristo saiu da água, viu os céus se abrirem e o Espírito Santo descer sobre Ele como uma pomba. Então ouviu a voz de Deus: “Você é o Meu Filho amado; em Você Me agrado” (Mc 1:11). 

Esses eventos apontam para a importância do batismo de Jesus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estiveram presentes, confirmando juntos o início do ministério de Jesus. A importância desse evento encontrará seu eco na cena da cruz em Marcos 15. Vários dos mesmos elementos da história se repetirão nessa cena. 

O Espírito Santo conduziu Jesus ao deserto. A palavra “conduzir” é traduzida do termo grego ekball?, que costuma ser usado no evangelho de Marcos para se referir à expulsão de demônios. A presença do Espírito nesse texto ilustra o poder do Espírito Santo na vida de Jesus. O Senhor já estava iniciando a jornada de Seu ministério e imediatamente confrontou Satanás. O conflito é demonstrado pela referência aos 40 dias de tentação, à presença de animais selvagens e aos anjos servindo a Jesus. 

Uma característica incomum da cena inicial do Evangelho de Marcos é que Jesus é apresentado como um personagem divino e humano. No aspecto da divindade, Ele é o Cristo, o Messias (Mc 1:1), o Senhor que foi anunciado por um mensageiro (Mc 1:2, 3), Alguém mais poderoso do que João (Mc 1:7) e o Filho amado sobre quem desceu o Espírito Santo (Mc 1:10, 11). Mas, no aspecto da humanidade, vemos que Ele foi batizado por João (e não o contrário), foi conduzido pelo Espírito, tentado por Satanás, esteve com os animais selvagens e foi servido por anjos (Mc 1:9-13). 

Por que esses contrastes? Eles apontam para a extraordinária realidade de que Ele é Cristo, nosso Senhor e Salvador, nosso Deus, mas também um ser humano, nosso irmão e nosso exemplo. Como podemos assimilar completamente essa realidade? Na verdade, não podemos. Mas a aceitamos com fé e nos maravilhamos com o que essa verdade nos revela a respeito do amor de Deus pela humanidade. 

Embora Jesus fosse (e seja) Deus, Ele tomaria sobre Si nossa humanidade para nos salvar. O que isso nos revela sobre o maravilhoso amor de Deus

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/o-principio-do-evangelho/

segunda-feira, 1 de julho de 2024

1994

Entregue o seu caminho ao Senhor; confie Nele, e Ele agirá. Salmo 37:5

Talvez você ainda não estivesse vivo em 1994, mas me lembro daqueles dias como se fossem ontem. Eu tinha sete anos, e foi naquele ano que o Plano Real teve início no Brasil. Em uma tarde de julho, meu pai voltou mais cedo do banco onde trabalhava. Aquele foi um dia de mudanças – uma nova moeda passava a circular no país. Fiquei muito feliz ao ver meu pai chegar em casa antes de escurecer, mas a alegria aumentou quando ele tirou do bolso uma cédula de 1 real. Você deve saber que essa nota hoje em dia não é mais aceita pelo comércio e se tornou um item de colecionadores, sendo vendida em certos sites por valores que podem chegar a centenas de reais. 

Meu irmão mais novo e eu recebemos, cada um, uma nota. Fiquei encantado vendo aquele papelzinho verde nas mãos. Não sabia o que fazer com tanto dinheiro! Não sabia como gastar nem como guardar aquela pequena fortuna. 

Lembro que meu irmão correu imediatamente até a mercearia da esquina e trocou sua nota por várias moedas. Dois dias depois, já andava arrependido de sua ideia, pois havia perdido várias moedinhas. 

Eu tive uma ideia diferente. Voltei ao meu pai com a cédula nas mãos e pedi: “Pai, o senhor pode guardar a minha nota?” Meu pai expressou surpresa: “Filho, pode ficar com ela. É sua!” Mas continuei: “Eu sei, pai. É que eu tenho medo de perdê-la.” Meu pai guardou o meu dinheiro. Guardou como eu não conseguiria guardar e me devolveu quando decidi gastá-lo. O que eu comprei? Não lembro. Mas nunca vou esquecer a paz que senti por saber que meu presente valioso estava seguro. 

A vida é o bem mais valioso que existe. Só temos uma para viver. Não há segunda chance deste lado da eternidade. Por isso, o salmista sugere que entreguemos nosso caminho ao Senhor. Entregar o caminho significa depositar a vida, o controle e o centro de tudo nas mãos de Jesus. Só Ele pode guardar em segurança nossos bens mais preciosos. 

Foi em 1994 que aprendi esta lição: algumas das maiores perdas e alguns dos maiores fracassos que colecionamos são o resultado de imaginar que nossas mãos têm a capacidade de resolver tudo. O segredo, portanto, está em entregar nossos sonhos e problemas nas mãos certas. Hoje, o que você precisa entregar nas mãos de Deus? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/1994/