sábado, 30 de dezembro de 2023

QUEM É O MEU PRÓXIMO?

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?” Lucas 10:29

A parábola do bom samaritano é exclusiva do evangelho de Lucas. Ela foi contada em resposta à pergunta: “Quem é o meu próximo?”, feita por um intérprete da lei. Jesus narrou essa história de um jeito “invertido”, de modo a oferecer ao seu inquiridor a oportunidade de refletir sobre a essência do amor ao próximo. 

Na parábola, Cristo falou de um homem que descia de Jerusalém para Jericó, um percurso de aproximadamente 36 quilômetros. No caminho, ele caiu nas mãos de ladrões, os quais roubaram todos os seus pertences e o feriram muito, a ponto de deixá-lo semimorto. 

A partir de então, o relato indica que dois personagens religiosos passaram pela vítima. O primeiro, um sacerdote, passou de largo e não deu a mínima atenção, talvez para não se contaminar com o sangue do indigente. Da mesma forma, um levita se desviou do moribundo e, movido pela indiferença, continuou o seu percurso. 

No entanto, a parábola apresenta um terceiro personagem, um samaritano, o único “não religioso” dos três personagens. Este, “quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele” (Lc 10:33, 34). Além de ajudá-lo pessoalmente, foi capaz de deixar uma quantia de dinheiro para que o hospedeiro continuasse o tratamento, caso houvesse necessidade. 

Após descrever a história, Jesus perguntou ao intérprete da lei: “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (v. 36). Perceba que, para Jesus, o “próximo” não era o homem caído, mas sim aquele que praticou a ação de amor. O próximo não é primariamente o que recebe, mas o que pratica a ação. Sob esse prisma, o intérprete da lei não ousou nem mesmo dizer a palavra “samaritano”, mas respondeu: “Aquele que teve misericórdia dele” (v. 37). Então Jesus replicou: “Vá e faça o mesmo.” 

De acordo com o “príncipe do paradoxo”, G. K. Chesterton, Deus ordenou que amássemos tanto o nosso inimigo quanto o nosso próximo, pois normalmente os dois são a mesma pessoa. Que tipo de “próximo” você tem sido para os outros?

Fonte:https://mais.cpb.com.br/meditacao/quem-e-o-meu-proximo-3/

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