quinta-feira, 26 de maio de 2022

JACÓ PARTIU

 Esaú disse: – Não é com razão que ele se chama Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora tomou a bênção que era minha. E perguntou: – Então o senhor não reservou nenhuma bênção para mim?” (Gn 27:36).

Jacó, que enganou seu pai e seu irmão para adquirir a primogenitura e roubou a bênção que Isaque planejava dar a seu filho mais velho, permaneceu passivo em relação a Labão e o serviu fielmente. Jacó sabia que tinha sido enganado pelo sogro e, mesmo assim, não fez nada. É difícil entender a passividade de Jacó considerando seu temperamento. Ele poderia ter se revoltado, ter resistido com Labão ou barganhado com ele. Mas não fez isso. Apenas fez o que Labão pediu, sem se importar com a injustiça.

No nascimento do primeiro filho de Raquel, José, Jacó chegou ao décimo quarto ano de seu “serviço” a Labão (Gn 30:26) e desejou retornar à terra prometida. Porém, Jacó se preocupava em prover para sua “própria casa” (Gn 30:30).

Leia Gênesis 30:25-32. O que aconteceu e que argumento Jacó usou? Qual foi a resposta de Labão?

Foi um longo desvio para Jacó, que havia saído de casa para encontrar uma esposa. Provavelmente não fosse sua intenção original ficar longe de seu país por tanto tempo, mas os acontecimentos o mantiveram afastado por anos. Era hora de voltar para casa, ele e a família que havia formado.

Por que Jacó não deixou Labão antes? A conformidade não natural de Jacó sugere que talvez tivesse mudado e entendido a lição de fé. Ou seja, Jacó esperou o sinal de Deus para partir. Jacó decidiu agir somente quando Deus falou com ele.

Deus Se revelou a Jacó como “o Deus de Betel” e ordenou que deixasse a casa de Labão e voltasse para “sua parentela” (Gn 31:13) com as mesmas palavras que havia usado para chamar Abrão (Gn 12:1).

O que o ajudou a ver que era hora de ir também foi a atitude de Labão e de seus filhos (Gn 31:1, 2). “Jacó teria deixado seu astuto sogro muito tempo antes, não fosse o medo de se encontrar com Esaú. Agora via ele que estava em perigo por causa dos filhos de Labão, que, ao olhar para sua riqueza como se fosse deles, poderiam tomá-la pela violência” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 156 [193]).

Portanto, ele pegou a família, seus bens e partiu, iniciando assim outra fase na grande saga do povo da aliança de Deus.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/jaco-o-enganador-2/

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