domingo, 16 de janeiro de 2022

CHACOTA OU MAL-ENTENDIDO?

 Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. Lucas 24:45

Neste mundo, as coisas nem sempre são o que parecem. Às vezes é difícil entender a realidade e reagir do jeito certo. Veja o que aconteceu com Patrícia. Vez por outra, a voz dela fica diferente, como a de uma criança. Certa ocasião lhe telefonaram de uma empresa de serviços. Ao ouvi-la, o vendedor pediu:

Poderia chamar sua mãe ou seu pai, por favor?

Pode ser comigo mesma! – Patrícia respondeu.

Mas eu preciso falar com um adulto – ele insistiu.

Daí ela riu e disse:

É por causa de minha voz? Você deve pensar que sou uma criança, mas não. Meu filho tem mais de 20 anos. Minha voz é assim mesmo!

Ops! Foi mal. Imagino a decepção de Deus quando muitos não O reconheceram em Jesus. “Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam” (Jo 1:11). “Dele não fizemos caso algum” (Is 53:1, ACF). Mesmo os mais achegados tinham expectativas irreais a respeito de Cristo. Nesse aspecto, crentes e descrentes agiram de modo parecido. No Calvário, os romanos disseram: “Se você é o rei dos judeus, salve a Si mesmo” (Lc 23:37, NAA). Muitos judeus gritaram: “Salve a Si mesmo, se você é o Filho de Deus, e desça da cruz!” (Mt 27:40, NAA). Enquanto outros, com desprezo, diziam: “Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar” (Mt 27: 42, NAA).

Até os seguidores de Jesus acreditavam que um Messias crucificado não cumpria a profecia. Os discípulos confessaram: “Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel. Mas […]” (Lc 24:21, NAA). Sempre há um “mas” no coração de quem duvida. Eles “esperavam”, mas era só expectativa; não era esperança. Tudo porque as crenças da época e o ensino dos rabis lhes desviaram o olhar de textos como os de Isaías 53, Salmo 69 e outros, que profetizavam sobre Jesus.

Alguns dos que duvidaram foram vítimas da própria ignorância; um mal que, felizmente, o conhecimento pode curar (At 3:17). O problema maior é quando preferimos não saber; quando nos escudamos em crenças que não queremos abandonar por medo, vergonha ou inércia. O verdadeiro conhecimento requer a entrega da mente e do coração. Pessoas emocionalmente “desarmadas” entendem melhor a realidade, são mais inteligentes e interagem bem com o mundo. Assim são os discípulos que Jesus busca. Algum voluntário?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/chacota-ou-mal-entendido/

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