Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Romanos 7:21, ARC
Muitos fazem da igreja uma loja da fé. A moeda de troca são as boas obras, e a salvação é a mercadoria. Você entra na igreja, apresenta seu sobrenome, seu comportamento exemplar e sai com a salvação no bolso. Será que, se viver do jeito certo, você vai ganhar a eternidade? A Bíblia nos revela que não é assim.
Uma pessoa cheia de realizações morais e espirituais, que coleciona conquistas públicas e troféus de boa fama, pode estar tão perdida quanto qualquer um. Por baixo do verniz da máscara social, o que há é madeira podre.
Por isso, não bastam as boas obras. É preciso que elas sejam fruto de uma coerência entre o interior e o exterior. No evangelho de João, capítulo 8, é possível notar que os líderes espirituais buscavam autenticar sua nobreza religiosa quando disseram a Jesus: “Nós somos descendentes de Abraão” (v. 33). Mas Jesus lhes respondeu: “Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez” (v. 39). Em outras palavras, deve haver coerência entre as boas obras e o ser. Jesus disse isso porque sabia que aqueles líderes espirituais procuravam matá-Lo e, justamente por causa dessa dicotomia, Ele lhes afirmou: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo” (v. 44).
O predomínio da dubiedade é deplorável. Deus considera como boa obra apenas o que é fruto de um coração agradecido e cheio de fé na salvação que já foi garantida pela intercessão de Cristo Jesus. Nada do que fizermos pode acrescentar algo à nossa salvação.
O apóstolo Paulo, em certa ocasião, demonstrou a angústia que o ser humano passa ao descobrir que é incoerente por natureza, uma realidade que você já deve ter experimentado na pele: “Quando quero fazer o bem, o mal está comigo” (Rm 7:21, ARC). Como candidato ao reino dos Céus, desejo que seus atos e intenções sejam coerentes e que sua fé na intercessão perfeita de Jesus esteja cada vez mais firme.
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/boas-acoes/
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