Somos como o impuro – todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe. Isaías 64:6
Cresci [Valdecir] em uma família que gostava de animais. Na minha infância, amávamos os gatinhos. Quando um gato morria ou sumia, adotávamos outro. Todos tinham sempre um mesmo nome: Chinico. Parecia uma dinastia. Lá por volta do Chinico III, aconteceu um fato curioso. O bichano saiu para suas atividades e voltou cheio de orgulho, com um belo “troféu” entre os dentes: um rato. Na ocasião descobri que os gatos nem sempre devoram a presa de imediato. Eles brincam com ela e, quando decidem, dão um fim à sua caça.
Lembro-me de que, quando entramos na sala, vimos a horripilante cena, mas aquele horror que percebíamos não era compartilhado pelo gato. Pelo contrário, ele se orgulhava de seu feito. Parece até que esperava algum elogio por sua conquista, mas não restou outra coisa senão minha mãe pegar uma vassoura e tirar de lá aquela ridícula exibição de mau gosto por parte do felino. O gato, orgulhoso, pensava estar causando boa impressão. Nós, com nojo, só queríamos nos livrar da presa.
Pensando nessa história, entendi por que a Bíblia se refere à nossa justiça como trapo imundo. Podemos nos orgulhar de nossas conquistas e de nossos feitos, mas para Deus isso não é nada. Pensamos agradar a Deus com demonstrações de equilíbrio e pureza espiritual exibindo nossos troféus religiosos, mas eles não passam de demonstrações ridículas de justiça própria.
É por essas demonstrações humanas de justiça que a Bíblia afirma: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar glorie-se nisto: em compreender-Me e conhecer-Me (Jr 9:23, 24). É no Senhor que temos de nos gloriar, e o Senhor se agrada de lealdade, justiça e retidão, frutos de uma vida transformada pelo Espírito Santo. Portanto, comece hoje a colocar o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar, e sua vida vai transbordar de amor. Na realidade, seus atos não serão seus, mas de Deus em você.
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/trofeus-humanos/
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