“Mas com você estabelecerei a Minha aliança, e você entrará na arca, você e os seus filhos, a sua mulher, e as mulheres dos seus filhos” (Gn 6:18).
Nesse verso, temos o fundamento da aliança bíblica que Deus fez com a humanidade: Deus e o homem entraram em acordo. Muito simples!
No entanto, existem mais elementos do que o que inicialmente salta aos olhos. Em primeiro lugar, existe o elemento da obediência humana. Deus disse a Noé que ele e sua família entrariam na arca. Eles tinham que desempenhar sua parte e, se não a fizessem, a aliança seria quebrada. Nesse caso, eles seriam os maiores perdedores, pois, no fim, eram os beneficiários da aliança. Afinal, se Noé dissesse “não” a Deus e não fosse fiel ao pacto ou se dissesse “sim”, mas mudasse de ideia, quais teriam sido os resultados para ele e sua família?
Deus disse “Minha aliança”. O que isso revela sobre a natureza fundamental da aliança? Que diferença haveria em nosso conceito de aliança se o Senhor a chamasse de “nossa aliança”?
Por mais singular que seja essa situação específica, vemos aqui a dinâmica fundamental entre Deus e o ser humano na aliança. Ao estabelecer Sua aliança com Noé, Deus novamente mostrou Sua graça. Ele demonstrou que estava disposto a salvar o ser humano dos resultados dos seus pecados. Em suma, essa aliança não deve ser entendida como uma espécie de união de iguais na qual cada “participante” depende do outro. Deus “Se beneficia” da aliança, mas em um sentido radicalmente diferente da maneira em que o ser humano é favorecido. O benefício do Senhor seria o fato de que os amados de Deus receberiam a vida eterna – o que seria uma grande satisfação para Ele (Is 53:11). Mas isso não significa que Ele Se beneficia da mesma forma que nos favorecemos como parte recebedora da mesma aliança.
Considere a seguinte analogia: um homem cai de um barco no mar em meio a uma tempestade. Alguém no convés diz que jogará uma boia salva vidas amarrada em uma corda para trazê-lo para dentro do barco outra vez. O homem que está na água, no entanto, tem que concordar com a sua parte do “acordo”, ou seja, agarrar-se ao que lhe é providenciado. Disso se trata, em muitos aspectos, a aliança entre Deus e a humanidade.
Essa analogia esclarece o conceito de graça na aliança? Qual deve ser a base do seu relacionamento com Deus?
Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/para-todas-as-geracoes/
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