Para
que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis,
no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo; Filipenses
2:15
As
discussões da igreja às vezes parecem ficar presas na aparente
necessidade de escolher entre o trabalho social ou evangelístico, a
caridade ou o testemunho, fazer justiça ou evangelizar. Mas quando
entendemos melhor cada um desses conceitos e observamos o ministério
de Jesus, essa diferença se desfaz, e percebemos que pregar o
evangelho e ajudar os outros são assuntos intimamente ligados.
Em
uma declaração muito conhecida, Ellen G. White explicou:
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens
como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava compaixão por
eles, ministrava-lhes as necessidades e granjeava-lhes a confiança.
Ordenava então: ‘Segue-Me’. [...] Os pobres devem ser
socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas
confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes
aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, alegrar-nos com os
que se alegram” (A Ciência do Bom Viver, p. 143).
Essas
duas ações do reino, fazer justiça e evangelizar, estavam
intimamente ligadas, não apenas no ministério de Jesus, mas na
primeira comissão aos discípulos: “Pregai que está próximo o
reino dos céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai
leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai”
(Mt 10:7, 8). Em suma, uma das melhores maneiras de alcançar os
outros com nossa mensagem é ministrar às suas necessidades.
Leia
1 Pedro 2:12 e Filipenses 2:15. Qual é o poder da influência das
boas obras realizadas pelo povo de Deus?
Compreendendo
mais amplamente as boas-novas de Deus, vemos que o evangelismo não
tem nenhum sentido sem paixão pelas pessoas. Passagens como 1 João
3:16-18 e Tiago 2:16 enfatizam a contradição de pregar o evangelho
sem vivê-lo. Em sua melhor forma, ao trazer as boas-novas de
esperança, resgate, arrependimento, transformação e o vasto amor
de Deus, o evangelismo é uma expressão de justiça.
O
evangelismo e o desejo por justiça surgem do reconhecimento do amor
de Deus por pessoas perdidas, destroçadas e feridas – um amor que
cresce em nosso coração sob a influência divina. Não escolhemos
entre uma ação ou outra; em vez disso, trabalhamos com Deus em Sua
obra pelas pessoas, usando os recursos que Deus nos confiou para
atendê-las.
Ao
realizarmos boas obras pelos outros, como podemos ter certeza de que
não estamos negligenciando a pregação das boas-novas da salvação?
Fonte
do texto: https://mais.cpb.com.br/licao/uma-comunidade-de-servos/
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