Quer no
alto das montanhas ou enterrados no fundo de grandes valas e poços,
os besouros fazem parte de um dos grupos de insetos de maior sucesso
no planeta. Conseguem viver em florestas tropicais ou nos lugares
mais gelados. Sua capacidade de adaptação e de resistência está
relacionada com os élitros.
Observe
um besouro voando. Você verá duas asas imóveis e duas asas em
movimento. Quando ele pousa, o mistério fica explicado. As asas de
baixo são cuidadosamente dobradas e se encaixam perfeitamente sob as
asas que não se movem. As asas rígidas chamam-se élitros, um
estojo feito de quitina, um material muito resistente. Eles atuam
como as asas fixas de um avião: ajudam o besouro a decolar, a
pousar, a manter o equilíbrio e a mudar de rumo. Para alguns
besouros que vivem embaixo d’água, os élitros servem como
depósitos de ar.
Os
élitros são a maior proteção dos besouros. Com eles, podem
enfrentar situações diversas: andar no meio de plantas e espinhos,
rastejar entre as pedras ou se enterrar no chão, sem danificar as
verdadeiras asas. Davi pediu que Deus o guardasse à sombra das Suas
asas. Não sabemos o que se passava em sua mente quando ele se
referiu à sombra das asas de Deus. Mas sendo uma pessoa que viveu
grande parte de sua juventude no campo, em contato com a natureza,
por certo conhecia o estojo protetor das asas dos besouros. Sabia que
apesar de sensíveis, estavam sempre bem protegidas.
Durante
um certo tempo, Davi foi perseguido por um rei louco e seu exército.
Aventureiros ávidos por recompensas também se juntaram a Saul.
Andou fugitivo pelas cavernas e montanhas do deserto da Judeia,
sujeito aos perigos naturais da vida selvagem. Nessas circunstâncias,
só lhe restava a proteção divina. Por isso pediu: “Guarda-me […]
à sombra das Tuas asas” (ARA). Quando Deus protege, nada, nem
ninguém pode nos afetar. O apóstolo Paulo confirma: “Se Deus é
por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31).
Guarde
otimismo em seu coração: “O Senhor é a minha rocha, a minha
fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo, em quem me
refugio. Ele é o meu escudo e o poder que me salva, a minha torre
alta”; “Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não
temerei perigo algum, pois Tu estás comigo” (Salmo 18:2; 23:4).
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