Deixem
vir a Mim as crianças [...], pois o Reino dos Céus pertence aos que
são semelhantes a elas. Mateus 19:14
De
madrugada, perto de 1h30, tive uma pausa das rondas no hospital. Essa
é a meia hora tranquila antes da chegada de mais pacientes. Fui ao
meu armário, tirei a minha lancheira e fui para o pavilhão do
terceiro piso, que é silencioso. Ao esperar o elevador, eu a vi
sentada sozinha no saguão. Perguntei ao recepcionista sobre a
garotinha, Namina. Sua mãe tinha sido trazida por uma ambulância
naquela manhã. Comecei meu turno seis horas atrás. Por que
não a notei? Sentei ao lado dela e me apresentei. Ela
estava quieta, e olhava para a minha lancheira. Ela está com
fome. Abri a lancheira e ofereci a ela. Ela agarrou o
sanduíche e a maçã e se revezava mordendo cada um. Deixei a
lancheira com Namina e voltei ao balcão para pedir informações.
Voltei
para Namina, que tinha comido tudo na lancheira. Perguntei se ela
ainda estava com fome. Ela assentiu, e eu expliquei meu plano. Na
lanchonete, ela selecionou cuidadosamente os alimentos. Depois
apontou para um pãozinho e falou pela primeira vez:
– Minha
mãe gosta disso. Fico esperando por ela depois da escola. Um
caminhão bateu no carro.
– Posso
esquentá-lo para ela… – A gentil senhora atrás do balcão disse
sorrindo.
É
isso! Os gestos generosos colocados em nosso coração,
palavras que significam tanto e são tão preciosas, porque o
Espírito Santo nos inspira a proferi-las. Na sala
reservada, a enfermeira me disse que a mãe acordaria em algum
momento. Abrimos o sofá-cama para Namina, para que ela dormisse.
Ajoelhei-me
ao lado da cama, disse a ela que estava em segurança e coloquei um
travesseiro ao lado da menina. Disse-lhe que sua mãe estava
descansando, e as enfermeiras visitariam o quarto. Ela segurou minha
mão e disse:
– Como
você visitou o quarto com a senhora chorando? Ou o lugar com bebês
para orar com a família? Você parou nos quartos para orar por quem
estava lá dentro?
Ela
me seguiu? Perguntei por que, e ela apontou para minha
pequena Bíblia e me disse que ela também tinha uma. Ela bocejou, e
em pouco tempo estava dormindo. Saí em silêncio, olhando para
Namina. Realmente o reino dos Céus é dela.
Senhor,
conceda-me sabedoria e força para ser um exemplo do Teu amor,
especialmente quando não sei quem está observando.
Dixil
L. Rodríguez
Fonte
do texto: https://mais.cpb.com.br/meditacao/deixe-as-criancas-virem/
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