segunda-feira, 5 de novembro de 2018

GENEROSIDADE E GANÂNCIA


Lucas declarou que uma das consequências naturais da comunhão vivida pelos seguidores de Jesus logo após o Pentecostes foi o apoio mútuo entre eles. “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (At 2:44, 45).

Esse ato de compartilhar os bens não era uma exigência da comunidade, mas o resultado voluntário do amor. Era também uma expressão concreta da unidade. Esse apoio mútuo continuou por algum tempo, e obtemos mais detalhes a esse respeito em Atos 4 e 5. Encontramos esse tema também em outras partes do Novo Testamento, como veremos a seguir.
Barnabé foi apresentado pela primeira vez nesse contexto. Ele era rico e possuía terras. Tendo vendido sua propriedade em benefício da comunidade, levou o dinheiro aos apóstolos (At 4:36, 37). Barnabé é retratado como um exemplo a ser seguido.
Leia Atos 4:32-37 e 5:1-11. Compare a atitude de Barnabé com o ato de Ananias e Safira. Qual foi o erro desse casal?
Além de mentir descaradamente ao Espírito Santo, esse casal também apresentou ganância e cobiça. Talvez nenhum outro pecado destrua a comunhão e o amor fraternal mais rapidamente do que o egoísmo e a ganância. Se Barnabé serve como exemplo positivo do espírito de comunhão da igreja primitiva, Ananias e Safira são o oposto. Lucas foi honesto ao compartilhar essa história sobre pessoas menos virtuosas na comunidade.
O último mandamento, “não cobiçarás”, é diferente dos outros nove (Êx 20:1-17). Enquanto os outros mandamentos falam de ações que transgridem visivelmente a vontade de Deus para a humanidade, o último é sobre o que está oculto no coração. O pecado da cobiça não é uma ação; antes, é um processo de pensamento. A cobiça e seu companheiro, o egoísmo, não são pecados visíveis, mas uma condição da natureza humana pecaminosa. Eles só se tornam visíveis quando se manifestam em ações egoístas, como vimos aqui com Ananias e Safira. Em certo sentido, a cobiça, proibida pelo último mandamento, é a raiz do mal manifestado nas ações condenadas por todos os outros nove mandamentos. A cobiça desse casal os deixou suscetíveis à influência de Satanás, o que os levou a mentir para Deus. A cobiça de Judas o levou a fazer o mesmo.
Como exterminar a cobiça da vida? Por que o louvor e a ação de graças pelo que temos é um poderoso antídoto contra esse mal?
Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/a-experiencia-de-unidade-na-igreja-primitiva/

Nenhum comentário: