Lucas
declarou que uma das consequências naturais da comunhão vivida
pelos seguidores de Jesus logo após o Pentecostes foi o apoio mútuo
entre eles. “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em
comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto
entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (At 2:44,
45).
Esse
ato de compartilhar os bens não era uma exigência da comunidade,
mas o resultado voluntário do amor. Era também uma expressão
concreta da unidade. Esse apoio mútuo continuou por algum tempo, e
obtemos mais detalhes a esse respeito em Atos 4 e 5. Encontramos esse
tema também em outras partes do Novo Testamento, como veremos a
seguir.
Barnabé
foi apresentado pela primeira vez nesse contexto. Ele era rico e
possuía terras. Tendo vendido sua propriedade em benefício da
comunidade, levou o dinheiro aos apóstolos (At 4:36, 37). Barnabé é
retratado como um exemplo a ser seguido.
Leia
Atos 4:32-37 e 5:1-11. Compare a atitude de Barnabé com o ato de
Ananias e Safira. Qual foi o erro desse casal?
Além
de mentir descaradamente ao Espírito Santo, esse casal também
apresentou ganância e cobiça. Talvez nenhum outro pecado destrua a
comunhão e o amor fraternal mais rapidamente do que o egoísmo e a
ganância. Se Barnabé serve como exemplo positivo do espírito de
comunhão da igreja primitiva, Ananias e Safira são o oposto. Lucas
foi honesto ao compartilhar essa história sobre pessoas menos
virtuosas na comunidade.
O
último mandamento, “não cobiçarás”, é diferente dos outros
nove (Êx 20:1-17). Enquanto os outros mandamentos falam de ações
que transgridem visivelmente a vontade de Deus para a humanidade, o
último é sobre o que está oculto no coração. O pecado da cobiça
não é uma ação; antes, é um processo de pensamento. A cobiça e
seu companheiro, o egoísmo, não são pecados visíveis, mas uma
condição da natureza humana pecaminosa. Eles só se tornam visíveis
quando se manifestam em ações egoístas, como vimos aqui com
Ananias e Safira. Em certo sentido, a cobiça, proibida pelo último
mandamento, é a raiz do mal manifestado nas ações condenadas por
todos os outros nove mandamentos. A cobiça desse casal os deixou
suscetíveis à influência de Satanás, o que os levou a mentir para
Deus. A cobiça de Judas o levou a fazer o mesmo.
Como
exterminar a cobiça da vida? Por que o louvor e a ação de graças
pelo que temos é um poderoso antídoto contra esse mal?
Fonte:
https://mais.cpb.com.br/licao/a-experiencia-de-unidade-na-igreja-primitiva/
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