O
Natal é a minha época favorita do ano. Sou chamada de “Gigi Noel”
por meus três netos. Eles cantarolam: “É bom tomar cuidado, é
bom não chorar, é bom não fazer beicinho, e vou dizer por que:
Gigi Noel está chegando!” A razão pela qual me deram esse apelido
é que, em cada Natal, procuro comprar para eles todos os
itens de suas listas de desejos. (Eu sei, eu sei. Não
precisa me pregar um sermão!)
Foi
com surpresa que a família soube, no último Natal, que até mesmo
Gigi Noel tinha seus limites, quando o neto mais velho, Austin,
incluiu em sua lista uma cobra jiboia (de 120 dólares). O amigo dele
tinha uma, e Austin implorou para ter uma também. Pela primeira vez,
nos 12 anos de histórias de Natal de Austin, Gigi Noel lhe disse:
“De jeito nenhum! A cobra vai se soltar pela casa. Você vai ter
que comprar camundongos congelados, aquecê-los no micro-ondas e
alimentar a cobra com eles a cada três dias. Que horror! Não!”
Como
Gigi Noel se recusava a mudar de ideia, Austin suplicou à sua mãe
que o levasse para comprar a cobra com o próprio dinheiro dele, de
Natal. Ela veio com um tanque e uma tampa com cadeado. Não deu
outra. Enquanto alimentava a cobra alguns meses mais tarde, Austin
destrancou a tampa para encher o recipiente de água. Zap! A jiboia
escapou e se escondeu em algum lugar embaixo do armário do banheiro.
O
serviço de busca de serpentes foi chamado (200 dólares), mas não
encontrou a cobra. Puseram papel adesivo no chão do banheiro e a
porta do banheiro foi trancada. Tudo inútil! A cobra ainda está por
ser encontrada. Em algum lugar – dentro da casa – está uma cobra
perdida.
Não
pude deixar de pensar que o pecado se parece um tanto com a serpente
de Austin. Outras pessoas se envolvem com atividades que parecem
atraentes (“meu amigo tem uma”), e não queremos ficar de fora,
então “compramos a serpente”. Temos certeza de que conseguimos
lidar com ela, porque “somos cristãos” – dizemos com plena
confiança – e Jesus Cristo é nosso “cadeado”. No entanto, com
frequência, no aperto da vida, nosso tempo é consumido com
necessidades imediatas e deixamos de prestar atenção ao “cadeado”
por meio de oração e estudo da Bíblia. Distraidamente, passamos os
dias de maneira apressada; e o pecado, como a serpente de Austin,
escapa e se esconde em nossa vida, quando menos esperamos.
Deus
tem pleno conhecimento de nossa fraqueza e propensão a “comprar a
serpente” e a acreditar que podemos contê-la. Que Ele nos ajude,
hoje, a nos concentrarmos totalmente nEle, reconhecendo que, por
nossa própria força, somos incapazes de lidar com o pecado que
Satanás está tão ansioso por soltar em nossa vida.
Ellie
Postlewait Green
Fonte:
https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-serpente-de-austin/
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