segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A SERPENTE DE AUSTIN

No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora. Provérbios 23:32

O Natal é a minha época favorita do ano. Sou chamada de “Gigi Noel” por meus três netos. Eles cantarolam: “É bom tomar cuidado, é bom não chorar, é bom não fazer beicinho, e vou dizer por que: Gigi Noel está chegando!” A razão pela qual me deram esse apelido é que, em cada Natal, procuro comprar para eles todos os itens de suas listas de desejos. (Eu sei, eu sei. Não precisa me pregar um sermão!)
Foi com surpresa que a família soube, no último Natal, que até mesmo Gigi Noel tinha seus limites, quando o neto mais velho, Austin, incluiu em sua lista uma cobra jiboia (de 120 dólares). O amigo dele tinha uma, e Austin implorou para ter uma também. Pela primeira vez, nos 12 anos de histórias de Natal de Austin, Gigi Noel lhe disse: “De jeito nenhum! A cobra vai se soltar pela casa. Você vai ter que comprar camundongos congelados, aquecê-los no micro-ondas e alimentar a cobra com eles a cada três dias. Que horror! Não!”
Como Gigi Noel se recusava a mudar de ideia, Austin suplicou à sua mãe que o levasse para comprar a cobra com o próprio dinheiro dele, de Natal. Ela veio com um tanque e uma tampa com cadeado. Não deu outra. Enquanto alimentava a cobra alguns meses mais tarde, Austin destrancou a tampa para encher o recipiente de água. Zap! A jiboia escapou e se escondeu em algum lugar embaixo do armário do banheiro.
O serviço de busca de serpentes foi chamado (200 dólares), mas não encontrou a cobra. Puseram papel adesivo no chão do banheiro e a porta do banheiro foi trancada. Tudo inútil! A cobra ainda está por ser encontrada. Em algum lugar – dentro da casa – está uma cobra perdida.
Não pude deixar de pensar que o pecado se parece um tanto com a serpente de Austin. Outras pessoas se envolvem com atividades que parecem atraentes (“meu amigo tem uma”), e não queremos ficar de fora, então “compramos a serpente”. Temos certeza de que conseguimos lidar com ela, porque “somos cristãos” – dizemos com plena confiança – e Jesus Cristo é nosso “cadeado”. No entanto, com frequência, no aperto da vida, nosso tempo é consumido com necessidades imediatas e deixamos de prestar atenção ao “cadeado” por meio de oração e estudo da Bíblia. Distraidamente, passamos os dias de maneira apressada; e o pecado, como a serpente de Austin, escapa e se esconde em nossa vida, quando menos esperamos.
Deus tem pleno conhecimento de nossa fraqueza e propensão a “comprar a serpente” e a acreditar que podemos contê-la. Que Ele nos ajude, hoje, a nos concentrarmos totalmente nEle, reconhecendo que, por nossa própria força, somos incapazes de lidar com o pecado que Satanás está tão ansioso por soltar em nossa vida.

Ellie Postlewait Green

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-serpente-de-austin/

Nenhum comentário: