Ao verem, porém, que as trevas se adensavam
rapidamente, “entrando no barco, passaram o mar em direção a Cafarnaum”. Com o
coração insatisfeito, deixaram a Jesus. … Murmuravam por não lhes haver sido
permitido proclamá-Lo rei. Acusavam-se a si mesmos por se terem tão prontamente
submetido às Suas ordens. …
A
incredulidade se estava apoderando de seu espírito e coração. Cegava-os o amor
da honra. … Não haveria Cristo nunca de afirmar Sua autoridade como rei? Por
que não havia Ele, que possuía tal poder, de revelar-Se em Seu verdadeiro
caráter e tornar-lhes a eles o caminho menos penoso? Por que não salvara João
Batista de uma morte violenta? Assim raciocinavam os discípulos, até que
trouxeram sobre si mesmos grande treva espiritual. Perguntavam: Poderia ser Jesus
um impostor, como afirmavam os fariseus?
Os discípulos haviam testemunhado naquele dia as maravilhosas obras de
Cristo. Dir-se-ia que o Céu baixara à Terra. A lembrança daquele dia precioso,
glorioso, devera tê-los enchido de fé e esperança. Houvessem, da abundância de
seu coração, estado a conversar entre si a respeito dessas coisas, e não teriam
caído em tentação. … Tinham os pensamentos tempestuosos e desarrazoados, e o
Senhor lhes deu alguma coisa mais para lhes afligir a alma e ocupar a mente.
Deus assim faz muitas vezes, quando os homens criam preocupações e aflições
para si mesmos. …
Violenta tempestade se viera imperceptivelmente aproximando deles, e não
estavam preparados para ela. … Esqueceram o aborrecimento, a incredulidade e
impaciência. Todos trabalharam para impedir que o barco fosse a pique. … Até a
quarta vigília da noite, lutaram com os remos. Então, deram-se por perdidos. O
mar, tempestuoso, imerso em trevas, fizera-os sentir seu desamparo, e anelavam
a presença de seu Senhor.
Jesus não os esquecera. … No momento em que se julgavam perdidos, o
clarão de um relâmpago revela-lhes um misterioso vulto que deles se aproxima,
vindo sobre as águas. … Seu amado Mestre volve-Se, Sua voz acalma-lhes os
temores: “Tende bom ânimo; sou Eu, não temais”. O
Desejado de Todas as Nações, págs. 380 e 381.
Fonte: https://ligadonavideira.wordpress.com/2012/11/15/duvidas-e-indagacoes/
Nenhum comentário:
Postar um comentário