segunda-feira, 5 de setembro de 2016

VINTE OSSOS QUEBRADOS

Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. 1 Coríntios 9:27, ARA
Aos seis anos, eu fazia natação e estava aprendendo a pular de ponta. Certa vez, no clube, com minhas primas, decidi demonstrar minhas habilidades e saltei. Errei o cálculo e fui direto com a cabeça no chão da piscina. O susto foi tão grande que nunca mais pulei de ponta, até hoje.
Juliana Veloso é atleta de salto ornamental. Os saltos estão na sua vida des­de criança: aos três anos, começou a praticar ginástica olímpica, mas acabou migrando para os saltos ornamentais. Filha de pais saltadores, tem uma foto com um ano e meio na qual está no colo do pai enquanto ele dá um mortal.
Por causa dos treinos intensivos, Juliana já sofreu mais de 20 fraturas! Em vez de desanimar, como seria compreensível, ela se acostumou a esse "efeito colateral" do esporte e passou a encarar com naturalidade a dor e a recuperação de cada uma das lesões. Ganhou três medalhas em Jogos Pan-Americanos.
Já fraturou a coluna cervical, em um salto de 10 m de altura e precisou interromper os treinos por seis meses. Essa foi a única vez que teve medo de voltar a saltar; mas, com o primeiro salto, o sentimento passou. É ali que ela se realiza. Já fraturou nove dedos das mãos, quebrou quatro vezes o braço esquerdo, teve fraturas na tíbia, duas no pé esquerdo e uma no direito.
Quebrou o punho direito nos Jogos Pan-Americanos de 2003, no impacto com a água, quando a velocidade ultrapassa 150 quilômetros por hora. Mes­mo assim, levou o bronze. Sua reação ao acontecimento? Ela mesma conta: "Ficaria feliz se ganhasse uma medalha cada vez que me quebrasse." Ou seja, para ela, não há dúvida: valeu a pena.
Na vida espiritual, os saltos com batidas e fraturas são inevitáveis. Eles fazem parte do percurso. São momentos em que sentimos com força os ata­ques do inimigo e nos perguntamos por que aquilo está acontecendo. Há pessoas que, ao menor sinal de queda, desistem. Outras, como Juliana, en­frentam as quedas sem medo. Sabem que a dor e as fraturas emocionais e espirituais podem fortalecê-las e aproximá-las de Deus. Que a nossa oração hoje seja por perseverança e coragem para prosseguir fortes após uma queda.
Fonte: http://iasdcolonial.org.br/inspiracao-juvenil/mensal#4.html 

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