É melhor ir a uma casa onde há
luto do que ir a uma casa onde há festa, pois onde há luto lembramos que um dia
também vamos morrer. E os vivos nunca devem esquecer isso. Eclesiastes 7:2
João Carlos de Oliveira,
mais conhecido como João do Pulo, foi um grande atleta brasileiro. Ganhou
quatro medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos, duas no salto triplo e duas
no salto em distância. Em 1975, na Cidade do México, quebrou o recorde mundial do
salto triplo, ultrapassando a marca anterior em incríveis 45 centímetros. Sua
marca só foi batida quase dez anos depois. Também foi tricampeão no campeonato
mundial dessa modalidade.
Nas Olimpíadas, ele
ganhou duas medalhas de bronze. Na primeira, estava se recuperando de uma
cirurgia na barriga. Na segunda, a controvérsia persiste até hoje. Em Moscou,
três de suas seis tentativas foram anuladas. Uma delas passava dos dezoito
metros, que lhe garantiria não só a medalha de ouro, mas também um novo recorde
mundial e olímpico. Há suspeitas de que isso tenha acontecido para favorecer os
atletas soviéticos, os anfitriões, que levaram as medalhas de ouro e de prata.
João ficou órfão de mãe
e começou a trabalhar muito cedo, aos sete anos. Teve um início de vida muito
humilde e difícil. Entrou para o exército, onde chegou à função de segundo
tenente. Sua história de superação e vitórias é inspiradora. É uma pena que seu
fim não tenha sido tão feliz. Aos 27 anos, sofreu um gravíssimo acidente de
carro, que acarretou a amputação de sua perna direita. Com isso, aposentou-se
precocemente do esporte. Muito jovem, o golpe foi duro demais para ele.
Afundou-se no álcool e na depressão. Com problemas financeiros, chegou a ser
preso por não pagar a pensão alimentícia de um de seus dois filhos. Morreu
solitário aos 45 anos.
A vida dá golpes pesados
em todos. Pode ser uma doença inesperada. Pode ser o fim do casamento dos pais.
Ou tantas outras coisas que nos tiram o chão. Diante dessas experiências, há
somente duas alternativas: entregar-se à tristeza e deixar que o golpe nos
derrube, passando a definir nossa vida a partir de então; ou usar a situação
difícil para crescer e nos tornar pessoas mais experientes e maduras.
Se em sua casa hoje há
luto, use a tristeza para refletir no real sentido e propósito da vida. Não se
entregue ao fracasso.
Fonte:
http://iasdcolonial.org.br/inspiracao-juvenil/mensal#31.html
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