quarta-feira, 31 de agosto de 2016

QUANDO TUDO DÁ ERRADO

É melhor ir a uma casa onde há luto do que ir a uma casa onde há festa, pois onde há luto lembramos que um dia também vamos morrer. E os vivos nunca devem esquecer isso. Eclesiastes 7:2
João Carlos de Oliveira, mais conhecido como João do Pulo, foi um grande atleta brasileiro. Ganhou quatro medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos, duas no salto triplo e duas no salto em distância. Em 1975, na Cidade do México, quebrou o recorde mundial do salto triplo, ultrapassando a marca anterior em incríveis 45 centímetros. Sua marca só foi batida quase dez anos depois. Também foi tricampeão no campeonato mundial dessa modalidade.
Nas Olimpíadas, ele ganhou duas medalhas de bronze. Na primeira, estava se recuperando de uma cirurgia na barriga. Na segunda, a controvérsia persiste até hoje. Em Moscou, três de suas seis tentativas foram anuladas. Uma delas passava dos dezoito metros, que lhe garantiria não só a medalha de ouro, mas também um novo recorde mundial e olímpico. Há suspeitas de que isso tenha acontecido para favorecer os atletas soviéticos, os anfitriões, que levaram as medalhas de ouro e de prata.
João ficou órfão de mãe e começou a trabalhar muito cedo, aos sete anos. Teve um início de vida muito humilde e difícil. Entrou para o exército, onde chegou à função de segundo tenente. Sua história de superação e vitórias é inspiradora. É uma pena que seu fim não tenha sido tão feliz. Aos 27 anos, sofreu um gravíssimo acidente de carro, que acarretou a amputação de sua perna direita. Com isso, aposentou-se precocemente do esporte. Muito jovem, o golpe foi duro demais para ele. Afundou-se no álcool e na depressão. Com problemas financeiros, chegou a ser preso por não pagar a pensão alimentícia de um de seus dois filhos. Morreu solitário aos 45 anos.
A vida dá golpes pesados em todos. Pode ser uma doença inesperada. Pode ser o fim do casamento dos pais. Ou tantas outras coisas que nos tiram o chão. Diante dessas experiências, há somente duas alternativas: entregar-se à tristeza e deixar que o golpe nos derrube, passando a definir nossa vida a partir de então; ou usar a situação difícil para crescer e nos tornar pessoas mais experientes e maduras.
Se em sua casa hoje há luto, use a tristeza para refletir no real sentido e propósito da vida. Não se entregue ao fracasso.

Fonte: http://iasdcolonial.org.br/inspiracao-juvenil/mensal#31.html

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