“Desde
a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. Por
volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá
sabactâni? O que quer dizer: Deus Meu, Deus Meu, por que Me
desamparaste?” (Mt
27:45, 46).
Qual
é o significado desse clamor? Como entendemos suas implicações em
termos do plano da salvação?
Mateus
registrou o que tem sido chamado pelos teólogos de “o grito do
abandono”. “Abandono” traz a ideia de desamparo, de alguém
deixado sozinho e necessitado. Nesse caso, podemos ver o senso de
abandono da parte do Pai, experimentado por Jesus. As trevas que
cercaram a Terra naquela ocasião simbolizavam o juízo divino (Is
13:9-16; Am
5:18-20; Jr
13:16);
Jesus estava experimentando em Si mesmo as horríveis consequências
do pecado e da completa separação do Pai. Em nosso lugar, Ele
estava suportando em Si mesmo o juízo divino contra o pecado. “Assim
também Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para sempre para tirar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O
aguardam para a salvação” (Hb
9:28;
ver também 2Co
5:21).
Na cruz Jesus Se apropriou da linguagem deSalmos
22:1 porque,
de maneira singular, estava experimentando o que os seres humanos
experimentam: a separação de Deus por causa do pecado. “As vossas
iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos
pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is
59:2).
Não
se tratava de fingimento. Jesus suportou verdadeiramente a ira de
Deus contra o pecado. A penalidade pelas nossas transgressões caiu
sobre Ele e, assim, encheram Sua alma de consternação e pavor
enquanto Ele suportava o peso da culpa, nossa culpa, sobre Si. Quão
mau deve ser o pecado aos olhos de Deus, uma vez que foi preciso que
um dos membros da Divindade sofresse a culpa e a punição dele, para
que fôssemos perdoados!
Contudo,
mesmo em meio a esse horror, Jesus pôde clamar: “Meu Deus, Meu
Deus!” Apesar de tudo o que estava acontecendo com Ele, Sua fé
permaneceu intacta. Ele permaneceria fiel até o fim, a despeito do
sofrimento, apesar do senso de ter sido abandonado pelo Pai.
Como
é sentir a separação de Deus devido ao pecado? Por que nosso único
caminho de volta é reivindicar a justiça de Cristo, além do
arrependimento, confissão e resolução de abandonar o pecado?
Fonte:
http://www.escolasabatinaonline.com.br/site/nosso-substituto-crucificado/
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