segunda-feira, 23 de maio de 2016

RUMO AO NORTE

"Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu."
Eclesiastes 3:1
A nossa bússola geralmente "aponta para o norte" no verão. Muitos anos atrás, meu esposo Lary e eu levamos nosso filho, que tinha 4 anos, para navegar em uma canoa nos lagos Bowron, no norte da Colúmbia Britânica, no Canadá. Quando Garrick tinha 9 anos, compramos uma mochila para ele e fomos para o Alasca, a fim de começar uma longa jornada de 52 km na famosa Trilha Chilkook. No verão seguinte, nós três remamos 690 km ao norte, pelo rio Yukon, até a cidade de Dawson. Em seguida, fomos de carro até Inuvik, o máximo que alguém consegue chegar de carro no sentido norte em uma rodovia pública no verão, no Canadá - 200 km para cima do Círculo Ártico. Quando Garrick estava na pós-graduação e não podia tirar férias no verão, Larry e eu ainda pegávamos nossas botas e binóculos e rumávamos para o Alasca, a fim de fazer montanhismo no Parque Nacional Denali.
Para nossa grande alegria e prazer, Garrick e sua esposa hoje trabalham no Alasca. Geralmente, levamos três longos dias de viagem para chegar até a casa deles (uma viagem de 3.098 km). No entanto, em 2011, estávamos com mais pressa do que o comum: queríamos conhecer nosso primeiro neto. Apesar dos longos dias, nos sentimos bem. Como sempre, fizemos listas dos animais que havíamos visto. Lemos livros um para o outro e cantamos junto com o CD player no carro.
Nós nos sentimos jovens ao falarmos sobre as nossas viagens anteriores para o norte, embora fôssemos agora avós. Quando paramos para abastecer, enchi o tanque e Larry limpou o para-brisa. Olhamos para os outros carros e sorrimos. Havia uma canoa em cima de um Jeep. Dois caiaques no topo de um veículo utilitário esportivo. Era assim que costumávamos viajar antes. Em seguida, olhamos com atenção para o nosso veículo. Não carregávamos ali nenhuma canoa. Nossas botas de montanhismo e uma lanterna estavam bem visíveis; porém, não levávamos nenhuma barraca ou mochilas. Observamos uma pequena mala com as nossas roupas. O restante do carro estava repleto com as coisas do bebê: caixas de livros para crianças; o moisés em que nosso filho havia dormido nos primeiros meses de sua vida, e uma cadeira de balanço comprada há 30 anos quando meu filho nasceu.
O conteúdo do nosso carro foi um recado claro de que Larry e eu não éramos mais jovens; não éramos mais aventureiros como antes. No entanto, nos entreolhamos, demos risada e rumamos para o norte com alegria, ansiosos para conhecer nosso neto. Sim, há tempo para tudo e apreciamos todas as fases.
Denise Dick Herr

Fonte: http://iasdcolonial.org.br/meditacao-da-mulher/mensal#23.html

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