quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ALIMENTAÇÃO PODE PREVENIR ALZHEIMER E PARKISON



A alimentação é um combustível essencial na prevenção de doenças e influencia diretamente o quanto envelhecemos física e mentalmente. O risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson pode ser reduzido por dietas ricas em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios.

Desinflamar é preciso
É importante lembrar que o benefício à saúde vem da associação de uma variedade de alimentos com ação anti-inflamatória, o que protege o cérebro. Estudos sugerem que compostos encontrados no chá verde, café, açafrão, óleo de coco, mirtilo e outra berries, ajudam a retardar o declínio na função cerebral relacionado à idade.

Gordura contra neurônios embolados
Gorduras essenciais como ômega-3 e ômega-9 protegem contra a formação da placa beta amiloide (neurônios embolados e disfuncionais) associada com a doença de Alzheimer. Uma taça de vinho tinto, um copo de suco de uva ou um cacho de uvas vermelhas protegem as células cerebrais do efeito tóxico dos radicais livres e da formação de placa beta amiloide devido ao seu alto teor dos antioxidantes antocianina e resveratrol.
 
Dica do Mediterrâneo
A dieta mediterrânea, baseada em peixes e frutos do mar, azeite, nozes, frutas e hortaliças, é citada como um padrão alimentar que leva à diminuição do risco de muitas moléstias crônicas, incluindo a doença de Alzheimer e o mal de Parkinson.

Prato variado
O segredo reside em comer de forma saudável, incluindo no cardápio diário frutas e legumes de todas as cores, folhas verdes variadas, todos os feijões, iogurte com lactobacilos vivos, alimentos ricos em ômega-3 (como peixe, linhaça, chia e nozes) e ômega-9 (azeite, azeitonas, abacate).

Lista negra
Evite gorduras hidrogenadas trans, açúcar, adoçantes sintéticos, refrigerantes e carboidratos refinados (biscoitos, bolos, salgadinhos). Na lista negra entram também o fastfood e os processados. Um lembrete: não coma demais, excesso de calorias envelhece o cérebro de forma mais rápida.

O que a ciência diz
- Um estudo realizado durante nove anos com 1.836 idosos mostrou que o consumo de frutas e sucos vegetais foi associado com a diminuição da incidência da doença de Alzheimer (The American Journal of Medicine). 
 
- No estudo de Framingham (com 3 décadas de duração) indivíduos com os níveis mais altos de ácido docosaexaenoico (DHA), um tipo de ômega-3 abundante em peixes gordos como salmão, sardinha, cavala e atum, tinham taxas mais baixas de Alzheimer.

- Pesquisadores da Michigan State University descobriram que a cúrcuma ou açafrão da terra é capaz de impedir a formação de compostos destrutivos (proteínas alfa-sinucleína) que estão presentes no cérebro em doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer (Journal of Biological Chemistry).

- Um grupo de pesquisadores publicou um estudo de como uma dieta rica em cetonas, produzidas no corpo a partir da ingestão de óleo de coco e outras gorduras saturadas, podem neutralizar alterações na produção de energia em pacientes com Alzheimer e Parkinson (The Journal of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology).
 

Autora: Dra. Tamara Mazarack

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