A alimentação é um combustível essencial na prevenção de doenças e influencia diretamente o quanto envelhecemos física e mentalmente. O risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson pode ser reduzido por dietas ricas em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios.
Desinflamar é preciso
É importante lembrar que o benefício à
saúde vem da associação de uma variedade de alimentos com ação
anti-inflamatória, o que protege o cérebro. Estudos sugerem que
compostos encontrados no chá verde, café, açafrão, óleo de coco, mirtilo
e outra berries, ajudam a retardar o declínio na função cerebral
relacionado à idade.
Gordura contra neurônios embolados
Gorduras essenciais como ômega-3 e
ômega-9 protegem contra a formação da placa beta amiloide (neurônios
embolados e disfuncionais) associada com a doença de Alzheimer. Uma taça
de vinho tinto, um copo de suco de uva ou um cacho de uvas vermelhas
protegem as células cerebrais do efeito tóxico dos radicais livres e da
formação de placa beta amiloide devido ao seu alto teor dos
antioxidantes antocianina e resveratrol.
Dica do Mediterrâneo
A dieta mediterrânea, baseada em
peixes e frutos do mar, azeite, nozes, frutas e hortaliças, é citada
como um padrão alimentar que leva à diminuição do risco de muitas
moléstias crônicas, incluindo a doença de Alzheimer e o mal de
Parkinson.
Prato variado
O segredo reside em comer de forma
saudável, incluindo no cardápio diário frutas e legumes de todas as
cores, folhas verdes variadas, todos os feijões, iogurte com
lactobacilos vivos, alimentos ricos em ômega-3 (como peixe, linhaça,
chia e nozes) e ômega-9 (azeite, azeitonas, abacate).
Lista negra
Evite gorduras hidrogenadas trans,
açúcar, adoçantes sintéticos, refrigerantes e carboidratos refinados
(biscoitos, bolos, salgadinhos). Na lista negra entram também o fastfood
e os processados. Um lembrete: não coma demais, excesso de calorias
envelhece o cérebro de forma mais rápida.
O que a ciência diz
- Um estudo realizado durante nove
anos com 1.836 idosos mostrou que o consumo de frutas e sucos vegetais
foi associado com a diminuição da incidência da doença de Alzheimer (The American Journal of Medicine).
- No estudo de Framingham (com
3 décadas de duração) indivíduos com os níveis mais altos de ácido
docosaexaenoico (DHA), um tipo de ômega-3 abundante em peixes gordos
como salmão, sardinha, cavala e atum, tinham taxas mais baixas de
Alzheimer.
- Pesquisadores da Michigan State University
descobriram que a cúrcuma ou açafrão da terra é capaz de impedir a
formação de compostos destrutivos (proteínas alfa-sinucleína) que estão
presentes no cérebro em doenças neurodegenerativas como Parkinson e
Alzheimer (Journal of Biological Chemistry).
- Um grupo de pesquisadores publicou
um estudo de como uma dieta rica em cetonas, produzidas no corpo a
partir da ingestão de óleo de coco e outras gorduras saturadas, podem
neutralizar alterações na produção de energia em pacientes com Alzheimer
e Parkinson (The Journal of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology).
Autora: Dra. Tamara Mazarack
Nenhum comentário:
Postar um comentário