quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CAIFÁS, O PERDEDOR



"Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação." João 11:50.

 Caifás é também um exemplo de rejeição da graça de Deus. Ele chegara ao topo da grandeza judaica. Procedia de uma família rica. Casou-se com a filha de Anás, um dos homens mais poderosos da sociedade de Jerusalém naquele tempo. Há evidências de que, no último ano do ministério de Cristo, Caifás foi eleito sumo sacerdote. Como tal, ele presidia o Sinédrio, que servia como a suprema corte e legislatura política, civil e religiosa na Judeia.
Sua importância para o judaísmo, contudo, era internacional, alcançando os judeus da diáspora. Membro dos saduceus, um grupo aristocrata e influente, Caifás era orgulhoso de sua posição. Não permitiria que nenhum obstáculo atrapalhasse seus sonhos de grandeza pessoal e partidária. É então que seu caminho se cruza com Jesus Cristo, o misterioso rabi que progressivamente havia crescido no imaginário do povo.
Com o ato de Cristo em expulsar os cambistas e vendedores do templo, Caifás reconheceu a ameaça. Ele percebeu que Jesus, com Seu enorme carisma, Sua doutrina subversiva para o poder estabelecido, além de Seus inegáveis milagres e das acusações contra a cegueira dos líderes, representava um iminente perigo. Caifás não podia entender completamente esse misterioso Jesus e Seus intrigantes ensinos. Ele era diferente de outros pregadores que já haviam aparecido. Como combater um Homem que, com Suas parábolas, torna Deus e Sua graça tão atrativos? Como sumo sacerdote, ele tinha o poder ou pensava que tinha. Sua mente ambiciosa começa a ser dominada por uma ideia fixa: livrar-se de Cristo.
Naquela conturbada Páscoa, Caifás, como expresso no texto de hoje, manifesta sua filosofia pragmática: sucesso é mais importante que integridade, a manutenção do poder é maior que a verdade, e a posição é mais desejável do que a justiça. Para ele, o ministério de Cristo deveria ser interrompido antes que os arranhões se tornassem fraturas, e as fraturas, fendas. Caifás acaba silenciando a voz da consciência e torna-se o líder do mais funesto julgamento da história. O combate contra Jesus era, essencialmente, uma luta por poder.
É por inveja que ele e seus associados entregam Jesus aos romanos (Mt 27:18).
A inveja, porém, é sempre precedida pelo orgulho, e o orgulho é o vício dos “santos”. Caifás não percebe que perde, sempre, todo aquele que se opõe a Deus.

Fonte: http://meditacaomatinal2014.wordpress.com/2014/11/27/4-de-dezembro-meditacoes-diarias-meditacao-matinal-2014-ligado-na-videira/

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