Pense na pessoa mais teimosa, para quem é quase impossível
falar de Deus. Um ateu decidido. Não, não apenas ateu, mas o mais famoso filósofo
ateu de sua época. Esse era o inglês Antony Flew, o maior filósofo ateu do
século 20. Na verdade, Flew é considerado o principal filósofo dos últimos cem
anos. Seu ensaio Theology and Falsification (Teologia e Falsificação) se tornou
um clássico e a publicação filosófica mais reimpressa do século passado. Ele
passou mais de cinquenta anos defendendo o ateísmo.
No livro Um Ateu Garanti: Deus Existe, Flew conta como chegou
a negar a existência de Deus, tornando-se ateu. Na segunda parte da obra, ele
analisa os principais argumentos que o convenceram da existência do Criador. Na
página 144, seguindo o paradigma aristotélico, ele escreveu: “Minha jornada
para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão.
Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência
de um Ser auto existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente”.
Flew diz que dois fatores em particular foram decisivos para
sua mudança do ateísmo para o teísmo. Um deles foi a crescente empatia pelo insight
de Einstein e de outros cientistas notáveis para os quais deve haver uma
Inteligência por trás da complexidade integrada do universo físico. A segunda
foi o próprio insight dele (Flew) o qual a complexidade integrada da vida – que é
muito mais complexa do que o universo físico – somente pode ser explicada em
termos de uma Fonte Inteligente. Em outras palavras: Informação tem quer provir
de uma fonte; vida só pode provir de vida.
Fonte: O Resgate da Verdade, p. 16 e 17.
Um comentário:
O homem não investiga, o seu orgulho o aprisiona. Acha que sabe tudo, considera-se superior aos outros na sua maneira de ver o Universo e a obra da criação. Não tem humildade para reconhecer suas limitações de criatura e prefere ter seu próprio deus, determinar seus valores e fixar seus conceitos morais.
O resultado dessa atitude soberba e atrevida é a corrupção, que o torna perverso. Perversidade é a maximização da maldade. Quando você acha que já conhece toda a maldade humana, o perverso ainda o surpreende. Por quê? Porque ele não conhece limites, ele impõe suas próprias regras. Decide chamar o bem de mal, e o mal de bem, colocando os verdadeiros valores de cabeça para baixo.
Para esse não existe Deus! Mas quando se dá um tempo para razão, em detrimento a toda sorte de vaidades e limitações humanas, é possível falar com Deus, é possível aceitar o seu ciador. Foi isso que Flew fez! Simples!
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