Grande sucesso da década de 80, a música “Tempo Perdido”, da Legião
Urbana, dizia: “Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que
passou, mais tenho muito tempo. Temos todo tempo do mundo”. O refrão
complementava “somos tão jovens, tão jovens, tão jovens”. A composição
de Renato Russo logo veio à minha mente enquanto olhava as dezenas de
caixões no ginásio de Santa Maria, cidade gaúcha onde na madrugada do
último domingo aconteceu uma das maiores tragédias de nossa história.
Na boate Kiss, jovens, muitos jovens, alguns com menos de 20, 18
anos, tão jovens, agora em caixões, centenas deles. Vidas, iniciadas há
poucos dias, encerradas, finalizadas. Choro, pranto, famílias
inconsoladas. Lares destruídos! Cadê a paz e o vigor da juventude
estudantil da cidade?
Por que tamanha tragédia? Especialistas, vítimas, testemunhas e boa parte da imprensa tentam responder a esta questão.
Li uma boa resposta postada pelo jornalista Michelson Borges em seu
site. “É hora… de nos lembrarmos de que este mundo não é um lugar seguro
para se viver.” Concordo! Não é seguro, nenhum pouco seguro! Michelson
faz uma reflexão sobre a brevidade e fragilidade da vida, em todos os
sentidos. Outra postagem Santa Maria: Esperança em meio a tragédia, traz uma leitura
espiritual do caso, com base na Bíblia. A morte sempre pede uma
explicação além das simples constatações humanas. E o Blog Esperança do Advento acredita no conteúdo bíblico como fonte destas respostas.
Voltando ao caso, alguns erros são evidentes e devem ser evitados,
como fogos pirotécnicos em ambientes fechados e exceder a capacidade de
um local. Saídas de emergência suficientes e sinalização adequada também
são pontos inquestionáveis.Mas quero ir além. Em boa parte das matérias
e entrevistas que realizo, há três pontos que são frisados por
praticamente todos os especialistas da área de saúde. A importância de
dormir cedo e alimentar-se bem, além da prática de exercício físico.
Diversões na madrugada podem ser muito perigosas para a saúde, mesmo quando tragédias como estas não acontecem.
O momento é de dor e profundo pesar. E assim como iniciei falando de
uma música, termino propondo outra: “A minha paz te dou”, do maestro
Jader Santos, pois a paz que Deus concede é o único remédio para os
feridos pela morte de um ser querido.
Fique em paz!
Adaptado
Texto de Márcio Basso.
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