quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A TERRA DOS PAIS

E José fez que os filhos de Israel lhe prestassem, um juramento, dizendo-lhes: "Quando Deus intervier em favor de vocês, levem os meus ossos daqui". Gênesis 50:25, NVI
No caminho de crescimento e amadurecimento, muitas vezes é preciso se distanciar. Eu mesma passei por esse percurso. Aos 17 anos, deixei a casa de meus pais e fui fazer faculdade a quase mil quilômetros de distância. Teoricamente, seriam quatro anos. Na prática, foram duas faculdades, um ano estudando fora do país, casamento, mestrado e mudança para outro estado, ainda mais longe. Já faz 14 anos. O distanciamento que leva à maturidade é doloroso, mas necessário. Aos pais cabe a difícil tarefa de entender a mudança de seu papel na vida dos filhos. Aos filhos fica a função de tomar as rédeas do próprio presente e entender pela primeira vez que "se virar" não é fácil.
Entretanto, para o distanciamento dar certo, há um movimento contrário que precisa acontecer. É importante não esquecer nunca de onde viemos. Esse elo forte, que nos liga a nossas origens, nos faz lembrar quem somos e os valores que aprendemos em todas as situações, desde a prova mais severa até o sucesso mais imponente.
Foi assim com José, que, segundo a Bíblia, morreu aos 110 anos; seu cor­po foi "embalsamado" e "colocado num sarcófago no Egito" (Gênesis 50:26, NVI). Esse caro processo de preservação do corpo não era privilégio de mui­tos. Tivesse José escolhido fazer do Egito o local de sua sepultura, quem sabe hoje poderíamos visitar seu corpo mumificado em um dos principais museus do mundo, como o Louvre, em Paris, onde é possível contemplar uma múmia do Egito antigo.
Contudo, José nunca se esqueceu de suas origens, nem nos momentos difíceis de prisão, nem nas glórias do poder. Por isso, quando sentiu que suas forças diminuíam e a morte se aproximava, fez um pedido solene aos irmãos. Ele os fez prometer que levariam seus ossos quando tivessem a oportunidade de voltar à terra prometida aos patriarcas.
Mesmo com o Egito todo a sua disposição, José preferiu a terra da promes­sa. Hoje, também nos deparamos com a mesma escolha: colocaremos nosso coração neste planeta ou na terra que Deus prometeu para nós? Que a decisão de José inspire a sua hoje.
Fonte: http://iasdcolonial.org.br/inspiracao-juvenil/mensal#20.html 

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