Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mateus 22:21).
Manifesto de pastores evangélicos repudia o uso dos templos como palanque eleitoral em Fortaleza
Nos últimos anos, a interseção entre política e religião tem gerado debates polêmicos. Apesar de muitos defenderem que essas esferas devem permanecer separadas, os altares têm se transformado em palanques políticos, especialmente em tempos de eleição. Com o segundo turno se aproximando na capital cearense, um grupo de 14 líderes evangélicos de Fortaleza uniu forças para um manifesto que clama pela despolitização dos templos.
Com base em passagens bíblicas, os líderes enfatizam que a missão da igreja transcende qualquer interesse político. Eles citam Jesus Cristo como exemplo de um ministério focado na salvação e transformação pessoal, distante das ambições do poder secular.
Um dos trechos destacados no manifesto é a famosa frase de Mateus 22:21: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Esse versículo é utilizado para ressaltar a importância de separar as esferas espiritual e governamental. Os líderes reconhecem o direito de cada fiel de usar seus princípios cristãos para orientar suas escolhas eleitorais, mas alertam sobre a manipulação do nome de Cristo em prol de interesses políticos.
O manifesto afirma, de forma contundente: “O Evangelho do Senhor não é propriedade de nenhuma ideologia política. Jesus Cristo é o único digno de nossa adoração, e não devemos atribuir a um candidato características divinas ou demoníacas, pois isso fere a essência da nossa fé.”
Entre os signatários está o Pastor Costa Neto, fundador da Comunidade Cristã Videira, e o Pastor Sandro Fiúza. Este último compartilhou suas preocupações com a crescente politização dentro das comunidades religiosas. “Não somos contra a política; ela é parte do nosso cotidiano e as igrejas têm um papel importante. Contudo, não devemos nos tornar partidaristas, pois em nossas congregações existem diversas correntes políticas,” afirmou.
O pastor também condenou práticas que utilizam a fé como instrumento de coerção, ressaltando que todos são livres para exercer tanto sua cidadania celestial quanto a terrena. “Queremos provocar uma reflexão sobre o uso do evangelho nesse contexto político,” finalizou.
Fonte: https://www.revistacamocim.com/2024/10/manifesto-de-pastores-evangelicos.html
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