Todo mundo deseja ter razão. Ninguém gosta de estar errado. Maior que
nosso desejo de ter razão é a vontade de “estarmos certos”, de estarmos
em harmonia com as outras pessoas. Queremos relacionamentos abertos,
amorosos com todos, e ficamos perturbados quando ocorrem incompreensões,
hostilidades ou ressentimentos. Há algo em nós que aborrece um
relacionamento partido, assim como a natureza rejeita o vácuo. Somos
levados a justificar a nós mesmos para termos a certeza de estarmos
certos e não sermos a causa da separação.
A mesma coisa é ainda mais verdadeira quanto ao relacionamento do
homem com Deus. Por sermos rebeldes e desejarmos dirigir nossas próprias
vidas, somos separados da comunhão com Deus. Pecado é separação. Mas
também desejamos estar certos com Deus. Tentamos acertar a nós mesmos
sendo bons o suficiente para merecer o amor divino. Mas, jamais
poderemos ser bons o suficiente, porque em nosso interior encontra-se a
ambivalência de desejar a Deus e rejeitá-Lo ao mesmo tempo.
Deus sabia que o homem era incapaz de estar com Ele, e por isso Ele
veio em Jesus a fim de revelar a justiça que seria concedida como um
dom. A cruz foi o acontecimento histórico, tangível, no qual Deus
reconciliou – isto é, perdoou e aceitou – o homem consigo mesmo. É esta a
justiça que Jesus anteviu na bem-aventurança acerca da fome e da sede.
Precisamos ansiar com fome e sede por esse tipo de relacionamento
correto com Deus. Paulo nos diz que esse relacionamento é um dom
gratuito que deve ser apropriado pela fé. (Escrito por Lloyd Ogilvie)
Fonte: Blog do Amilton Menezes
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